Óbvio e bom senso são termos que muitas vezes são usados de forma intercambiável, mas na verdade possuem diferenças importantes. Embora ambos sejam relacionados à facilidade de compreender e tomar decisões, eles se referem a conceitos diferentes.
“Óbvio” se refere a algo que é facilmente perceptível e compreendido sem esforço. Parece óbvio, não? É algo que é evidente, aparente ou óbvio. Algo é considerado óbvio quando é facilmente compreendido sem precisar de uma explicação ou esforço adicional. Por exemplo, é óbvio que o sol nasce no leste e se põe no oeste. Mas quando pegamos este exemplo, é possível identificar que nem todos sabem a diferença e leste e oeste. Sim, existem. E é este julgamento de “certeza” que muitas vezes nos tornam arrogantes. O que é óbvio para você pode não ser óbvio para outro.
Por outro lado, “bom senso” é uma habilidade de tomar decisões sensatas e sábias, baseadas na experiência, bom julgamento e bom juízo. É uma combinação de conhecimento comum, sensibilidade e juízo prático que permite a uma pessoa distinguir o certo do errado em situações cotidianas. Alguém com bom senso é capaz de avaliar as circunstâncias, considerar as consequências potenciais e tomar decisões baseadas na lógica e no julgamento. Por exemplo, é fruto do bom senso levar guarda-chuva quando se preveem fortes chuvas. Mas aquelas pessoas que não tem bom julgamento e bom juízo acabam por molhar e logo adoecer. Basta lembrar das nossas mães: leva o guarda chuva senão você irá adoecer. Este para mim é um ótimo exemplo de óbvio para nossas mães quanto do bom senso delas em nos pedir para levar guarda-chuvas.
Enquanto “óbvio” é uma característica da situação ou informação, “bom senso” é uma característica da pessoa que toma as decisões. Algo pode ser óbvio, mas não necessariamente ser fruto do bom senso, e o bom senso pode levar a conclusões óbvias ou não óbvias.
Tomar decisões sem levar em consideração o bom senso pode levar a vários problemas, incluindo:
- Tomadas de decisão impulsivas: Quando as pessoas não consideram o bom senso, elas tendem a tomar decisões impulsivas baseadas em emoções ou julgamentos superficiais, o que pode resultar em escolhas erradas ou arrependimentos posteriores.
- Falta de consideração pelas consequências: Sem o bom senso, as pessoas podem não considerar as possíveis consequências das suas ações, o que pode levar a resultados negativos ou danos a elas mesmas ou a outros.
- Falta de objetividade: O bom senso ajuda a equilibrar as emoções e as opiniões pessoais para permitir que as decisões sejam baseadas em fatos e evidências. Sem ele, as pessoas podem ser guiadas por prejuízos ou viés subjetivos, o que pode levar a julgamentos equivocados.
- Conflitos com outras pessoas: Quando as decisões não são baseadas no bom senso, elas podem ferir os sentimentos de outras pessoas ou causar conflitos. Isso pode prejudicar relacionamentos e levar a problemas sociais e pessoais.
- Falta de ética: O bom senso também ajuda a garantir que as decisões sejam éticas e morais. Sem ele, as pessoas podem fazer escolhas que vão contra os valores éticos e morais da sociedade.
Em resumo, ignorar o bom senso ao tomar decisões pode levar a escolhas erradas, falta de objetividade, conflitos com outras pessoas e falta de ética. É importante levar em consideração o bom senso para garantir que as decisões sejam sólidas, éticas e adequadas às circunstâncias.
Em conclusão, óbvio e bom senso são conceitos distintos, mas complementares. Enquanto o óbvio nos ajuda a compreender facilmente o mundo ao nosso redor, o bom senso nos ajuda a tomar decisões sensatas e sábias em nossas vidas. Ambas as habilidades são importantes para nós como seres humanos, e trabalhando juntas, elas nos permitem ter uma compreensão profunda e clara do mundo e de nós mesmos.
O óbvio precisa ser dito, e o bom senso fazer parte de toda e qualquer decisão.
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