Uma das coisas mais importantes da vida é a capacidade de não desistir quando o objetivo é sólido. Quando o SER quer algo, é preciso ir buscar com todas as forças. É claro que não precisamos estar em busca para sempre, pq aí já seria tolice, obsessão, uma forma de distorção mental.
Alguém que quer algo vai procurá-lo, e as vezes vai ter que fazer por muitas e muitas vezes, e ao fazer isso estará demonstrando inteligência focal. Afinal de contas, há uma diferença em ser flexível e ser volúvel. Volúvel é alguém que muda toda hora, flexível é ser capaz de alterar a rota, depois que tenha fundamento para isso. É admirável que um SER tenha clareza do que deseja e não desiste. Afinal, não existe fracasso no insucesso, o fracasso está na desistência.
Ninguém fracassa quando não obtém sucesso, mas sim quando desiste após não ter obtido sucesso. O SER não vai desistir por qualquer coisa, mas não irá persistir por qualquer coisa. Machado de de Assis dizia: “ Nem sempre recuar é fugir.” Pode ser que eu tenho que alterar minha rota, ir pra outra atividade, mas só depois de eu esgotar todas as minhas energias naquilo que de fato é o meu foco.
Não há um único caminho na vida, a vida é plural. E essa pluralidade não pode ser colocada como obsessão. Uma pessoa obsessiva é aquela que não pode mudar. Alias, coerência contínua num mundo que muda é sinal de problema.
Alteração da jornada não é algo fora da nossa condição, é sinal de inteligência. Alguém que está em um caminho e percebe que ele não renderá aquilo que deseja, ele precisa mudar, senão é tolice.
“Uma pessoa está pronta para mudar de rota quando ela tem os “senões” maiores que as ‘razões’ para seguir naquele caminho. E quando o ‘apesar de’ ficam muito maiores que os ‘por causa de’. Insistir não é valentia, é tolice.” Cortella
Continuar, perseverar, consistir não é fácil. Gasta-se disciplina e vontade.
O grande perigo da vida está em perceber que se está desistindo. Mas mude quando necessário, e não desista do seu próprio SER, afinal problemas sempre teremos.
Curta a jornada por onde passar.
Fernando Parreiras 
Deixe um comentário