CARREIRA: Talento e trabalho como diferençar e buscar a alta performance

Sempre fiz e pratiquei um paralelo entre esportes e profissões. Quando vemos os atletas nas TVs e internet vinculamos-os ao talento que possuem naquele esporte, e não ao fato de qual foi o caminho trilhado por ele para determinar disso sua profissão.

É sensacional lembrar atletas de ponta como Mike Tyson e Muhammad Ali-Haj do boxe, Airton Senna e Lewis Hamilton  das corridas de F-1, Cristiano Ronaldo do futebol ou Michael Jordan e Kobe Bryant do basquete se destacarem e serem comparados a heróis e mitos por nós enquanto jovens, principalmente quando se destacam nos primeiros lugares.

Há um lado que poucos adolescentes e jovens de hoje sabem. Todos estes nomes citados acima venciam e eram primeiros lugares porque uniam o TALENTO com o TRABALHO. Tinham determinação, punhos e pés firmes, calculavam cada curva, golpe ou jogada, e tinham uma energia interior exigida de campeões, e também trabalhavam muito. Desde exercícios para manter a parte física, para estar em forma, até os estudos dos adversários, melhores golpes, carros e máquinas, jogadas, circuitos, quadras, estádios e ringues. Treinavam diariamente horas a fio, sob sol e chuva, calor ou frio. Para eles, o esporte não era um brinquedo ou simples diversão.

Era paixão e profissão, e aplicavam a dedicação e disciplina que ambos requerem. Por isso, todos eles foram e são grandes campões mundiais em seus esportes, e mesmo quando títulos já conquistados, todos os dias eram iguais com paixão e muito trabalho.

Os jovens atualmente apresentam um conflito. Estou me referindo a uma turma que está entre 10 e 21 anos. De uma lado, são bons garotos e boas garotas, têm “coração” melhor que a geração dos pais, criada sob educação ainda repressiva. De modo geral, são afetuosos, bondosos, carregam uma visão positiva do mundo.

Ao mesmo tempo, acham que as conquistas e vitórias virão normalmente, sem esforço. E quando vierem, já estarão conquistadas pelo resto de suas vidas, sem precisar renovar os esforços diariamente. Acreditam que só com o talento vencerão na vida. Não tem noção – e reagem a aceitá-la que sem trabalho não há caminho, sem esforço diário não há vitória. Do céu só caem chuva, avião e meteorito. Mas os jovens esperam mais da sorte do que suor. Olham para os seus heróis e mitos pensando que chegarão lá porque têm talento e sorte. Não precisarão estudar, trabalhar, batalhar, dar duro diariamente não importa a situação.

E os pais? O que penso dos pais? Afinal, eu não sou pai. Me coloco no lugar deles e temos o mesmo pensamento: A vida será cada vez mais difícil. Os pais reconhecem o talento dos filhos e se revoltam com os que caem na malandragem, na rebeldia, negando-se a estudar e construir um futuro bom. Repetem ladainha para a turma todo dia. E nada. Cada vez mais teimosos, os jovens seguem charmosos, talentosos, achando que, com sorte, serão vitoriosos.

Um adolescente americano, acostumado a assistir esportes pela TV e presenciar jogos de golfe, conseguiu chegar certa vez próximo ao Arnold Palmer e disse:

“- Puxa, você é de sorte. Ganhou nos últimos 3 anos!”

Palmer de forma educada olhou para o garoto e respondeu:

“- É verdade. O curioso é quanto mais eu treino mais sorte eu tenho”.

 

 

“O trabalho duro supera o talento, quando o talento não quer trabalhar duro.”

 

 

Arnold Daniel Palmer é um jogador de golfe norte-americano que é geralmente considerado como um dos maiores jogadores da história do golfe profissional masculino. Ele já ganhou inúmeros eventos, tanto no PGA Tour e Champions Tour, que remonta a 1955.”

2 comentários em “CARREIRA: Talento e trabalho como diferençar e buscar a alta performance

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  1. Reflexão muito interessante de se fazer, Fernando, que deixa ainda mais claro a importância do papel dos pais desde a infância. Quais são os estímulos aos quais estamos submetendo nossos filhos / sobrinhos? São naturais ou artificiais? Isso faz uma grande diferença na percepção de mundo que eles desenvolvem. Tenho estudado bastante sobre esse tema e entendido a importância de sermos pais / adultos conscientes para cada vez mais promover os estímulos certos desde a base.

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