A era dos likes durou relativamente pouco quando olhamos para a frase de Mark Zuckerberg “The Age of Privacy is Over“, dita em 2010. Em menos de 10 anos temos visto um movimento para acabar com os likes de acordo com frase dita também por ele em 2019 – “The future is private“.

Esta mudança obviamente tem ligação com as leis de proteção de dados que ocorrem pelo mundo afora, inclusive Brasil com a LGPD. Outros fatores de proteção pelo mundo tem suas particularidades. Por exemplo, os EUA “As empresas fazem o que elas querem” já na China “Privacidade? O que é privacidade do usuário?”.
Temos visto testes do Instagram que já tiraram a visualização de quantidade de likes pelos usuários e o Facebook se preparando para isso.
Quando falamos de redes sociais, estamos falando de algo inevitável para qualquer ser humano não ter ao menos uma conta ativa nas opções de redes sociais.

Essas redes sociais tem transformado fortemente o mercado de marketing nos últimos 4 anos com crescentes mudanças e adaptações. É fato que o marketing digital voltado para o método tradicional via formulários, emails, crm, etc., estão com dias contados devido ao novo caminho do marketing digital com as tecnologias de conversações e marketing por voz.

Com isso, novas comunidades e grupos de negócios estão voltando seus esforços para criar um relacionamento próximo aos clientes através do “ouvir e contribuir (escuta ativa)” e também “amplificar (viralizar) a sua presença nas redes sociais”. Para ilustrar isso, já pensou que “você está sendo escutado” e de repente recebe uma propaganda daquilo que estava falando? Então, é isso.
Desta forma, é fato que em pouco tempo teremos as principais redes sociais integradas. Não é atoa que Zuckerberg comprou WhatsApp e Instagram para se juntarem ao Facebook. De acordo com ele, a integração ocorrerá a partir de 2020. E imagina se Zuckerberg compra o WeChat da China?

Mas por qual motivo os likes serão substituídos por voz? O motivo é a evolução total das tecnologias, desde a evolução das interfaces.

As tecnologias pessoais e móveis iniciadas com os celulares, agora estão evoluindo para a era do IoT (Internet das Coisas) através dos assistentes de voz embutidos em dispositivos como os próprios telefones, televisões, relógios, dockers e outros. A briga comercial ficará entre grandes fabricantes como Microsoft com Cortana, Apple com Siri, Samsung com Bixby, Google com Assistant e Amazon com Alexa.

Toda tecnologia nova passa por um tempo médio de maturidade de 30 anos desde sua primeira ideia. O que quero dizer com isso é que assistentes “virtuais” já eram pensados no desenho dos Jetsons com a empregada robô.
Com o passar dos anos temos visto a ideia de evolução dos robôs sendo substituído pelo uso da VOZ para comandar, por exemplo, casas inteligentes. Um dos grandes motivadores de utilização de voz é a aceitação social e inclusiva (dificuldades motoras, alfabetização, visão).
Nos EUA cerca de 30% das residências tem assistente de voz podendo chegar a 50% ao final de 2019.

Como fato curioso, português é a 2ª língua mais usada para comandos de voz segundo o Google.
O impacto disso no marketing e atendimento aos clientes é que todo o conteúdo terá de ser medido e tarifado como SERVIÇO. Mudanças também nos mecanismos de SEO serão extremamente necessárias, desde o OK Google por dispositivo até questões de localização e objetos de busca.
E quando falamos dos famosos algoritmos, eles terão que se adaptar fortemente para:
- Keywords não são tão mais relevantes (sinônimos)
- Chame a ATENÇÃO para ser lembrado
- QUALIDADE ao invés de QUANTIDADE
- COMPARTILHAMENTOS ao invés de LIKES

Para concluir, a Era dos Likes já está acabando, além de não ser uma métrica importante ela está sumindo das plataformas: WhatsApp nunca
teve likes, Instagram já não tem e Facebook está removendo.
As pessoas já vivem em um mundo de voz, são as marcas que precisam aprender a gerar conversas ao invés de likes.
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