“NÓS PRECISAMOS de um nome para esta nova crença”, pensou Julian Huxley em 1957. “Talvez trans-humanismo sirva: o homem que permanece, mas se transcendendo, realizando novas possibilidades de e para sua natureza humana”.
Este século XXI está sendo marcado por discussões e buscas para cada vez mais inserir a tecnologia na vida humana, literalmente. Como a maioria dos grandes movimentos criados pela humanidade, o transumanismo é internamente diverso. Um movimento comprometido com a mudança, que combina teoria e prática, apresentando teorias descritivas e chamadas à ação. A questão em curso será: quais são os perigos associados a essas chamadas?
A história, de acordo com os ditos transumanistas, progride de forma linear (ou exponencialmente, levando em conta a taxa cada vez maior de mudança tecnológica), impulsionada pelo avanço tecnológico.
Mas essa era pós-humana seria realmente melhor para nossos descendentes?
O tranumanismo corrompe o conceito de direitos humanos universais e pode permitir a desigualdade ainda mais extrema do que a atual. A maneira mais óbvia de fundamentar os direitos humanos e proibir a discriminação é assumir que os seres humanos são especiais e têm valor intrínseco em virtude de serem humanos e que todos os humanos são iguais.
As mudanças fisiológicas intra-pessoais terão um impacto profundo na dinâmica do poder interpessoal. A maior preocupação é o potencial do transumanismo para aumentar a opressão em grande escala. Aqueles que usam tecnologia para aprimorar suas capacidades físicas e mentais seriam marcadamente diferentes dos não aprimorados. Em um mundo em que já existe muita desigualdade, a introdução de pessoas melhoradas pode tornar todos os outros totalmente incapazes de competir.
O avanço tecnológico sempre favoreceu aqueles com acesso a novas tecnologias e um alto grau de conhecimento e habilidade técnica. O transumanismo poderia criar uma imensa desigualdade dentro das comunidades e entre as comunidades. Em uma escala global, um maior acesso à tecnologia daria aos cidadãos do mundo desenvolvido uma vantagem biológica real. O efeito poderia ser o de uma fuga de cérebros gigante, com pessoas altamente treinadas e inteligentes concentradas em países mais ricos.
Mas o motivo da fuga de cérebros não seria que a elite intelectual tivesse migrado para países mais ricos para melhores condições de pagamento ou de vida. Seria que a elite intelectual fosse feita nesses países.
Mas mesmo quando o avanço tecnológico nos liberta de limitações, ele cria um enorme potencial de opressão. À medida que avançamos e empurramos os limites da capacidade humana, devemos ser cautelosos. Em nosso esforço para lançar limitações, devemos ter cuidado para não impor mais, não se padronizar mais.
A padronização robotizada traz enormes perdas HUMANAS, tais como sentimentos, empatia, generosidade, bondade, felicidade, esperança e sociedade!
Vamos usar e criar tecnologia, mas devemos continuar HUMANOS e com o coração criado por Deus.