Temos trabalhado com Cloud a alguns anos e vivenciado todos os desafios, muitos deles focados no desenvolvimento de aplicações voltados a Cloud, porém muitas vezes esquecemos de um dos ítens principais: O CUSTO. A marcação dos recursos utilizados na Cloud é uma das formas de controlar os custos, mas tenho visto que não necessariamente é eficaz.
Somos e estamos sendo impulsionados a adotar a Nuvem (Cloud) por uma série de fatores, principais impulsionadores tais como velocidade, agilidade, flexibilidade de plataforma e custos reduzidos – ou pelo menos custos mais previsíveis.
É irônico, então, que mais da metade das empresas e até em nossas experiências mostrem que os custos descontrolados da nuvem sejam o maior ponto de dor pós-migração.
É um grande desafio trabalhar com custos de uma Cloud, e quando se fala em multicloud o cenário fica mais crítico. Quando os custos são acumulados por várias equipes, usando várias contas, envolvendo vários produtos em várias regiões geográficas, em várias plataformas de nuvem, obter uma ideia clara pode ser uma tarefa quase impossível. Por esse motivo, as equipes de infraestrutura e operações geralmente recorrem a soluções de gerenciamento de nuvem para obter melhor visibilidade dos custos. Desta forma, tenho estudado, procurado com especialistas e definido alguns caminhos para melhorar o entendimento e gestão de custos de uma plataforma em número.
USO DE TAGS: Uma forma comum através das quais as equipes e as soluções de gerenciamento de custos tentam aumentar a visibilidade é através do uso de tags. A marcação é essencialmente o processo de atribuição de nomes à infraestrutura (servidores, bancos de dados, volumes de armazenamento, etc.) e, em alguns casos, aplicativos ou projetos. As tags podem incluir informações úteis, como região geográfica, departamento, ambiente, a finalidade do servidor ou até mesmo o nome da pessoa que provisionou o servidor. Um exemplo é provisionar um banco de dados na região de leste da AZURE como: evan-mysql-us-east-1.
Agrupamento lógico: Pode-se considerar como agrupar logicamente aplicativos ou infraestrutura provisionada em “projetos” ou até mesmo em equipes. Em seguida, projetos e equipes poderiam receber orçamentos, tornando a alocação de custos e os relatórios muito mais simples, removendo a dependência de tags. O provisionamento de desenvolvedores na nuvem pode associar seus aplicativos aos projetos aos quais pertencem ou aos centros de custo aos quais se reportam. Mas esta é apenas uma solução parcial para o problema. Mesmo que as equipes possam verificar a exatidão perfeita na marcação ou possam ser movidas para um modelo de custo baseado em projeto, a visibilidade dos custos da nuvem é apenas um primeiro passo; é uma abordagem reativa ao gerenciamento de custos e não resolve completamente o problema.
Gerenciamento proativo de custos: Medidas proativas de controle de custos serão sempre mais eficazes em qualquer seguimento, não sendo diferente para Nuvem. Porém, infelizmente, atualmente existem poucas soluções que ajudarão as equipes a fazer isso. Eu diria que a melhor prática é definir políticas orçamentárias a nível do projeto e da equipe e aplicar essas políticas por meio de ferramentas automatizadas. Dessa forma, os aplicativos podem ser agrupados em projetos associados a orçamentos de equipe ou de unidades de negócio. A TI e o Financeiro podem definir controles de custos para unidades de negócios. Unidade de negócio ou equipes individuais podem definir orçamentos para projetos. Essas políticas podem servir de proteção, garantindo que os aplicativos e projetos não excedam o orçamento esperado, ao mesmo tempo em que deem às equipes liberdade para serem produtivas por meio de métodos como o autoatendimento automático.
Com essas práticas implementadas, mesmo no lado reativo, as equipes de TI e finanças terão maior percepção de onde vêm os custos. Por exemplo, uma análise de custo pode recomendar o uso de instâncias reservadas, quando elas proporcionam economias significativas de custos e sugerem o dimensionamento correto da carga de trabalho, e sempre que as equipes puderem autorizar esse uso automaticamente ou aprovar manualmente. Acabamos de fazer isso em um dos nossos grandes projetos (instâncias reservadas).
Ao habilitar um sistema de controle de custos proativo e um mecanismo de análise de custos mais poderoso e contextual, você pode tornar o descontrole dos custos multicloud algo do passado.
O fato é que Rapidez, agilidade, flexibilidade e eficiência de custos – esse é o santo graal e o futuro multicloud.
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