As inteligências definidas pelos cientistas existem de vários tipos. A inteligência cognitiva trata dos assuntos da racionalidade; a inteligência emocional olha para o mundo interno, para a autocompreensão; a inteligência relacional olha para o que acontece entre Eu e Você na hora que começamos a nos relacionar, na hora que nos esbarramos, na hora que nos encontramos, na hora que discutimos, na hora que nos dizem algo que não queremos ouvir.
Nossa inteligência relacional, assim como a emocional, tem uma latência diferente da cognitiva para se desenvolver. Elas são mais melindrosas, precisam de mais tempo, de cuidado para conseguirem sustentar a mudança, precisamos trabalhar o corpo, para sustentar essa nova emocionalidade, essa nova forma de ser nas relações.
Comecei a estudar mais estes temas a partir do momento em que quero ajudar pessoas e receber ajudas para carreira e vida pessoal, compartilhar experiências e aprendizados.
Geralmente optamos por usar a inteligência cognitiva, ocorre que não aprendemos a nos relacionar. Não aprendemos a conversar. Acreditamos que essas coisas são inatas. Que nosso aparelho fonoaudiológico funciona bem e o da pessoa com quem falamos também, então, é claro que ela vai entender o que estou dizendo. Partimos do pressuposto de que somos claros no nosso falar e “limitado” é o outro que não entendeu. Partimos do “princípio da obviedade”: se eu disse, é claro que ficou claro; é claro que ele entendeu! Como não entendeu?
Em alguns momentos nos vemos possuidores da razão e das certezas, como se nossa forma de ver fosse a “verdade” sobre os fatos. Como se houvesse uma verdade única. De fato, o que é em nosso universo íntimo e particular tem a cor da verdade para nós, o que nos torna soberbos e prepotentes em alguns casos, se não entendemos que o mesmo ocorre com todos.
Dessa forma, nos mantemos medíocres e imaturos em nossos relacionamentos. Medíocres, repetindo as mesmas histórias e padrões relacionais sem aprender com eles. Imaturos, com dificuldades de ter as conversações que precisamos ter. Essas duas coisas juntas nos fazem adiar decisões, evadir as pessoas, deixar embaixo do tapete conversações que ainda que difíceis dariam a oportunidade para as pessoas crescerem, expandirem sua capacidade relacional, ganhando maturidade e profundidade nos relacionamentos.
A inteligência Relacional passa a ser a maneira como somos e o que nos tornamos na presença do outro. O que este outro desperta em mim? O que de mim surge na presença dele? Quem sou eu quando estou com ele?
Somos muitos. Cada um de nós é na verdade vários. Você já percebeu quão diferente você é a depender de com quem, onde e quando você está?
Começamos a perceber que desenvolver a inteligência relacional tem a ver com ser capaz de responder essas perguntas e de, a partir dessas respostas, melhor se compreender nas relações e poder escolher uma forma de estar nelas de maneira mais autêntica, saudável e real.
Essa inteligência é a habilidade de mobilizar pessoas e recursos em prol de um objetivo comum, potencializando a criatividade, a inovação e a geração de resultados acima da média.
Bem, este texto foi curto e ainda não comentei sobre como colocar em prática essa inteligência relacional. Digo que também tenho aprendido a colocar em prática, e em breve escrevo outro texto abordando isso!
Valeu!
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