Por que precisamos deixar nosso olhar de “criança” quando estamos adulto?
Por que as empresas precisam se transformar em “Fábrica de ideias”?
Por que precisamos aflorar nas pessoas o processo criativo?
Essas e outras peguntas me vêem a mente quando penso em CRIATIVIDADE, e quando dou o segundo passo no pensamento me vêem a DISCIPLINA.
Desde o nosso nascimento e principalmente na infância, passando pela adolescência e juventude somos “catequizados” a deixar de lado nossa criatividade, intuição e visão diferenciada, sendo-nos enquadrados em rotina e convencional da vida. Sabemos na prática que a história se repete a cada geração, nos tornando “robotizados” e principalmente obrigados a seguir os mesmos passos de pessoas próximas. Uma simples ideia diferente (inovadora) chega a soar como pecado ou um grande erro para essas pessoas, e quando ainda se tem uma idade mais avançada, torna-se vergonhoso. O fato é que se tal ideia diferenciada, inovadora e vergonhosa tivesse sido pensada quando criança todos falariam “que bonitinho! Que criança inteligente!”.
Quando lemos algo sobre processos inovadores e criativos, alguns escritores e cientistas dizem que para sermos criativos é necessário “desaprender” grande parte do condicionamento imposto sobre nós desde nosso nascimento. E essa realmente é a questão principal. Claro que não estou aqui dizendo para ser aventureiro, não ser responsável, faltar avaliação de riscos, etc., mas não se deixe “catequizar” os pensamentos através de aspectos limitadores.
Então, o que quero dizer como um mantra é:
Inovação não pede licença, e sempre exige de nós um espírito jovem e um olhar de criança.
Então, em vários momentos dos meus pensamentos tento me deixar levar pelo olhar de criança, fazendo a mim mesmo perguntas “bobas”, “idiotas”, “simples”, “objetivas”, e principalmente repetitivas “Por quê? Mas Por quê? Mas Por quê”?
O simples da vida é ser objetivo.
Mark Twain, escritor americano, postou uma vez dizendo que “jamais permitiu que a escola interferisse nos seus estudos”, e o inglês Bernard Shaw disse que teve que “interromper sua educação para ingressar na faculdade”. Claro que eles estão tirando uma pequena sátira do processo educacional mecânico que limita o raciocínio e conhecimento, reduzindo o espaço aberto à criatividade.
E teve um outro desconhecido também, chamado Albert Einstein, que escreveu em seu livro COMO VEJO O MUNDO algo parecido com “A opressão mental impostas causa danos irreparáveis na mente, de tal forma que acabamos exercendo influências maléficas na vida futura”.
Então, acredito que a criatividade não pode conter limites, não podem conter opressões, não podem conter censuras, mas obrigatoriamente precisam conter DISCIPLINA. Dessa forma, para um processo criativo penso que:
- É preciso encontrar novos interesses que despertem o interesse pessoal e consequentemente a criatividade
- É preciso ter as expectativas certas com metas e objetivos
- É preciso fazer de seu local de trabalho (mesmo em casa) um ambiente propício à criatividade, ser lúdico, ser diferente, despertar sentidos extras como olfato, tato, audição
- É preciso ter o olhar simples de uma criança
- É preciso ter disciplina, não ter interferências que não agreguem, ser feito a todo momento, mesmo que por vários dias o processo criativo não leve, talvez, a lugar algum naquele momento
- É preciso ter e propor a liberdade responsável
É importante lembrar que a criatividade não serve somente para criar processos inovadores, mas principalmente resolver problemas. Então, vai uma sugestão de brinde quando tiver algum problema em vista. Agora, é preciso disciplina para executar os passos abaixo.
- Coloque ao seu alcance papel (pode ser post-it) e canetas. Identifique um problema concreto e relaxe. Ponha as mãos nos joelhos e mantenha sua coluna ereta, com as pernas formando ângulos retos e as pontas dos pés apontando para frente. Respire calma e profundamente, enquanto se concentra no relaxamento dos músculos dos pés, das pernas, das mãos, dos braços, dos ombros, do rosto e, depois de três minutos, examine serenamente a questão.(Se quiser colocar uma musiquinha de fundo para ajudar a relaxar, perfeito – Por favor não é colocar FUNK ou PAGODE!)
- Visualize o problema. Sua atitude diante dele é decisiva. Parta do ponto de vista de que o problema existe para ajudar a vida a ensiná-lo algo e que, evitar a questão, é fugir da oportunidade de aprender a viver e a trabalhar corretamente. Examine o problema, identificando em você o que o causou ou o que dificulta sua solução. É aí que está a alternativa. (Eu tenho um pensamento muito forte que é: “Em meio a toda e qualquer desgraça alguma coisa boa temos que tirar, então respire e tire algo bom)
- Ponha no papel uma lista dos possíveis problemas e possíveis soluções e não se censure (Se for post-it coloque um problema em cada), pois soluções aparentemente absurdas são bem vindas. Liberte sua imaginação, expressando seus sentimentos até em propostas exageradas e inviáveis. Tenha a certeza de que a lista seja bem ampla. (Em resumo, seja criativo, tenha o olhar de criança, pense em tudo e não só o lado pessimista)
- Examine as propostas transformando-as, adaptando-as ou eliminando-as. Selecione as melhores ideias e trace estratégias decidindo o que fazer de prático amanhã, na próxima semana ou no mês que vem. Ponha em prática o que você decidiu e, depois de terminado o período da experiência prática, avalie os resultados e revise as estratégias atualizando-as. Garanta que sua linha de ação será firme, ética e que não fará mal a ninguém. Lembrando-se que o seu bem pessoal está em fazer o bem aos outros.
- Aplique a DISCIPLINA, execute o processo com empenho, com garra e não adie. Não faça em dois momentos, quando começou, termine. Não desista, seja empenhado, e se não der, tenha a certeza que fez o seu máximo.
Valeu moçada!
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