MUNDO CORPORATIVO: Disrupção, o que penso a respeito.

Disrupção, palavra que soa estranho e que nos dias atuais nos provoca grandes mudanças profissionais e pessoais. Esse é outro conceito bastante abordado em todas as conversas principalmente de Transformação Digital.

Este termo não é novo, já existe há algum tempo. O professor Clayton Christensen, em 1997, citou em seu livro “O Dilema da Inovação – quando as novas tecnologias levam empresas ao fracasso”. Já que o tema é disrupção, eu tive  a oportunidade de ler este livro em meu Kindle (meio tecnológico criado pela Amazon para promover a disrupção na leitura).

No livro, Christensen aponta como um novato pode vencer um veterano “de guerras”: a temática mostra que em vez de tentar ser o melhor naquele jogo já dominado, o novato muda as regras do jogo. Trazendo isso para o cenário atual de serviços oferecidos após transformações digitais, foi isso que fizeram Airbnb, Uber, Amazon, Instagram e muitos outros.

Simplesmente deslocaram seu foco do físico para o digital.

Em todos estes exemplos disruptivos ha uma característica marcante: eles não se sentem presos às regulações existentes, leis, regras e problemas atuais que surgem pelo caminho para criar os serviços que irão encarar para transformação digital. Em resumo, percebo que o lema é: Vamos fazer acontecer de forma rápida e rentável e vamos encarando o que vier pela frente.

Aí é o seguinte: Tenho lido muito essas coisas a ponto de procurar fatores psicológicos ligados a essas mudanças e transformações digitais. Então, achei um texto especializado em Psicologia que diz: “Transtornos disruptivos são caracterizados por comportamentos de transgressão de regras, comportamentos desafiadores e antissociais, que provocam incômodo nas pessoas, gerando impacto no ambiente social e possui implicações severas.” Bingo!, é exatamente isso que as empresas disruptivas estão fazendo.

Hoje, o pesadelo de um CEO é ver que seu maior concorrente não existia na semana anterior, ou pelo menos ele não o tinha percebido. Muitas vezes, essas empresa que geralmente não são do mercado que irão substituir, passam despercebidas, pois uma empresa exponencial, em seu início, confunde-se com uma evolução linear. Essa evolução linear provoca uma não percepção no início já que são “pequenas”, porém em pouco tempo dominam praticamente o mercado e o caminho de volta para “as grandes” não existirá mais.

Para complicar as coisas, muitas das empresas que esmagaram as grandes e pioneiras (veteranas) nem tinham essa intenção, no início. Por exemplo, até onde sei, o propósito inicial da Amazon era ser “Earth’s biggest bookstore”. Mas foi ágil, se reinventou continuamente e hoje é líder em tecnologia, como em cloud computing, desbancado veteranos e enormes da tecnologia como IBM e HP.

Outro exemplo, já que com exemplos é melhor de entender até pra mim mesmo (rs), é a Netflix. De “To offer online movie rentals”, transformou-se e praticamente está destruindo a  indústria atual de TV por assinatura. Observem que as empresas já estabelecidas poderiam ter reagido, mas não perceberam a ameaça e nem pensaram em elas mesmas provocar a disrupção, ou seja, houve uma evolução linear rápida.

Como último exemplo, na empresa onde estou como executivo em tecnologia, os nossos acionistas sempre nos dizem: “Precisamos matar nosso negócio antes que outros o façam”. E isso é verdade absoluta! Em todos os exemplos acima podemos observar que as “inovadoras” não surgiram de dentro das criadoras e donas dos serviços, que se acomodaram em seus modelos de negócio e não perceberam que a mudança já estava acontecendo.

Quando se percebe que o negócio está em falência provocado por “alguém” muito menor, então pode ser tarde acordar para isso, e aí observamos que as grandes começam a tentar se proteger escudados em legislação, leis e afins.

Por fim, não conseguem segurar a tempo o furacão que já está passando na sua porta.

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