PORTAL: Afinal o que significa essa conversa de Portal de Colaboração? Parte 1

Por Leandro Moura

Recentemente me peguei refletindo sobre a quantidade de termos, siglas, expressões e mesmo produtos, marcas, modelos, versões, empresas e quaisquer outras novas palavras que pulam para dentro do nosso vocabulário por mês em um ritmo que é tanto vertiginoso quanto inevitável. Acho que isso é uma verdade para qualquer profissional do século XXI e é duas vezes mais verdade para aqueles que trabalham na área de tecnologia. Acredito que é nossa obrigação acompanhar – afinal o mundo se move muito rápido e não vai te esperar – ao mesmo tempo em que sinceramente duvido muito que exista algum ser iluminado que por mais que passe 24 horas online fica por dentro de tudo, pior ainda se tivermos a ousadia de tentar possuir uma vida além do trabalho.

Resultado? Um monte de palavras que entram na moda e são usadas sem parar, começando em conversas de corredor e terminando na literatura especializada, passando pelas reuniões de trabalho, apresentações comerciais e programas de tv, e que muitas vezes são usadas por pessoas que não sabem realmente do que estão falando. Pense em qualquer exemplo recente (web 2.0, cloud computing, bpos) e se pergunte quantas vezes a pessoa que conversou sobre isso com você sabia exatamente o que significam.

Noam Chomsky (conhecido linguista e analista político) aconselhou a sempre que você escutar uma palavra nova a se perguntar se você não está ouvindo só um nome bonito que poderia ser substituído por duas ou três palavras que já existiam (muitas vezes monossílabas). Ele acredita que chamar algo por um termo específico e complicado que é conhecido por poucos é puro e simples elitismo com a intenção de valorizar artificialmente o chamado “especialista”. Posição radical? Fica para você julgar, mas posso dizer que concordo pelo menos em parte. Concordo que as maiorias dos termos técnicos utilizados em tecnologia circulam com uma vazão inacreditável e que colocamos muito pouco esforço em explicar para as pessoas que não estudaram a área do que estamos falando, e isso é injustificável quando pensamos que:

1-      Na maioria dos negócios de tecnologia quem “bate o martelo final” na compra normalmente não é uma pessoa muito técnica e é de nosso interesse que ela saiba sim o que está comprando;
2-      Muitos termos intimidantes escondem idéias simples (e frequentemente muito boas) que poderiam ser implementadas com mais frequência (leia “venderiam mais”) simplesmente se mais pessoas as compreendessem;
3-      Eu sempre consigo explicar o que eu faço para pessoas leigas em qualquer mesa de boteco (mesmo depois de algumas cervejas). Normalmente as pessoas começam me vendo como o “especialista que faz coisas muito complicadas” e terminam vendo que não fazemos nada de outro mundo e até trocando cartões e pedindo para visitar sua empresa agora que elas perceberam que essas “coisas complicadas” na verdade podem lhes ser úteis.

No próximo post irei explorar um dos termos que caíram no limbo da compreensão pela metade – o PORTAL.

Leandro Moura é formado em Ciência da Computação e certificado PMP, MCP e MCITP. Possui mais de 10 anos no mercado de tecnologia e é líder técnico em Portais de Colaboração pela AeC Consulting

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